A busca por Donaar 1: A Cidadela sem Sol

10 Marpenoth, 1357 DR (Ano do Príncipe)

Determinados a resgatar seu amigo Kerrhylon Donaar do terrível pacto com Orcus, os heróis da Rebelião dos Tomates viajam até a biblioteca do Monastério da Rosa Amarela e descobrem en um antigo pergaminho algo que pode ser a solução para seus problemas, um ritual para recuperar uma alma corrompida.

O principal ingrediente é uma estranha fruta que uma tribo de goblins vende anualmente para os moradores da vila de Thundertree, nas planícies a leste de Neverwinter, na borda do Bosque Neverwinter. Os pergaminhos dizem que é uma maçã de uma perfeição ímpar, de um vermelho rubi, que dizem conceder vigor, saúde e vida.

A primeira parte do ritual pede que essa fruta seja cozida no sangue ainda puro de Donnar, mas não usando qualquer fogo, e sim uma chama viva que pode ser encontrada nas forjas da antiga fortaleza anã de Khundrukar, que as lendas dizem ficar a noroeste de Mirabar.

Para garantir que nenhuma corrupção esteja infectando essa mistura, o ritual pede que ela seja oferecida no altar de Zotzilaha, o deus vampiro do submundo, para que a entidade sugue todo e qualquer vestígio de impurezas. O único templo de Zotzilaha que se tem conhecimento fica em Tamoachan, uma cidade que dizem estar escondida nas profundezas das selvas de Chult.

O próximo passo é meio vago. Aparentemente o ritual só pode ser feito se as pessoas que estiverem participando portarem três artefatos: Wave, Whelm e Blackrazor. O ritual deve ser feito sob a montanha de Keraptis, para onde os artefatos devem ser devolvidos em seguida.

Quando o ritual estiver completo, a alma purificada de Donaar, onde quer que ele estiver, se separará de seu corpo e se manifestará em um filactério localizado no Doomvault, um cofre extra dimensional criado por um arquimago de Thay. De posse do filactério, basta recitar o resto do ritual e transferir a alma pura de Donnar para um novo corpo.

12 Marpenoth, 1357 DR (Ano do Príncipe)

Para conseguir o principal ingrediente do ritual pedem ajuda para a Companhia do Milagre. Numspa doa uma pequena fortuna em gemas preciosas, Erevan oferece transportá-los para Waterdeep e fazer com que eles possam viajar na forma de nuvem até Neverwinter e Fajr concorda em pedir a Zeccah, o djinn que sua mãe enviou para defendê-la, que os leve ao próximo destino assim que estiverem com a maçã dos goblins.

Em Waterdeep negociam com Kolvar Keahorn, na loja Sortilégios & Artimanhas, a compra de alguns objetos mágicos, incluindo um elmo de teleportação. No mesmo dia seguem para Neverwinter, apreciando a paisagem da Costa da Espada enquanto voam.

Na Jóia do Norte se hospedam na estalagem Pássaro do Verão, onde contratam os serviços do carroceiro Hagas para levá-los até Thundertree na manhã seguinte. Antes de se recolherem, Rama ainda compra um mapa da região feito por Tannivh, um aprendiz do famoso cartógrafo Soduhiro Nubo, na loja Caminhos & Lugares.

13 Marpenoth, 1357 DR (Ano do Príncipe)

Chegando em Thundertree na hora do almoço, descobrem que a tribo de goblins que habita as ruínas conhecidas como a Cidadela sem Sol ainda não veio até a cidade para vender a maçã. Às vezes os goblins oferecem uma maçã diferente no meio do inverno. Esta maçã é branca como um cadáver e é venenosa, mesmo ao toque. Algumas semanas antes um grupo de aventureiros, incluindo os filhos de Kerowyn Hucrele, dona da loja de mantimentos da cidade. Ela oferece uma recompensa caso consigam descobrir o paradeiro de Talgen e Sharwyn.

Ninguém sabe ao certo o que era a Cidadela sem Sol, mas as lendas sugerem que ela serviu de refúgio para um antigo culto aos dragões. Para chegar até ela é preciso seguir a Estrada Velha que contorna a Planície das Cinzas, uma área sem vida. A desolação daquela região é atribuída ao passagem, há muito tempo, de um dragão chamado Ashardalon. Atualmente, os criadores de gado não deixam que seus rebanhos pastem muito longe. Eles estão assustados com as histórias de novos monstros que espreitam durante a noite. De tempos em tempos, gado e pessoas que saem sozinhas à noite são encontrados mortas no dia seguinte, com dezenas de feridas semelhantes a agulhas. Ninguém viu as criaturas responsáveis pelos ataques, e elas não deixam um rastro perceptível.

Seguindo pela Estrada Velha chegam até a região da Cidadela sem Sol pouco antes de anoitecer. A Estrada Velha passa a leste de uma ravina estreita. Na curva da estrada mais próxima da fenda, vários pilares de pedra quebrados se projetam da terra, onde a ravina se alarga e se abre para algo mais semelhante a um cânion profundo, mas estreito. Dois dos pilares permanecem retos, mas a maioria deles se apoia na terra inclinada. Outros estão quebrados e vários aparentemente caíram nas profundezas encobertas pela escuridão. Alguns pilares semelhantes são visíveis no lado oposto do barranco.

O topo do pilar no final da corda está coberto de areia, e tem vista para um abismo subterrâneo de escuridão a oeste. O platô é largo, mas áspero. Areia, detritos rochosos e os ossos de pequenos animais o cobrem. Uma escadaria rústica, esculpida na pedra arenosa, ziguezagueia pelo lado do pilar, descendo na escuridão. Quando descem até o pilar são atacados por ratos gigantes que espreitavam por entre os detritos.

No limiar de sua visão, o topo de uma fortaleza emerge da escuridão. A cidadela subterrânea, embora impressionante, parece esquecida há muito tempo, se as janelas sem luz, as ameias rachadas e as torres inclinadas são alguma indicação. Lá de baixo, trazendo consigo o cheiro de poeira e um leve traço de podridão, sobe um vento frio.

As escadas estreitas terminam em um pequeno pátio, aparentemente o topo do que antes eram as ameias da fortaleza. A cidadela enterrada afundou tanto na terra que a muralha agora está nivelada com o chão da caverna ao redor. O piso da caverna se estende para o norte e sul, e aparentemente é composto por uma camada de alvenaria traiçoeira e esfarelada, que chega a uma profundidade desconhecida. A oeste, aparece a estrutura sobrevivente do que deve ser a Cidadela Sem Sol. Uma torre pode ser vista no lado oeste do pátio.

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