28 Eleint, 1357 DR (Ano do Príncipe)

Quando entram pelas portas da mansão chegam em um enorme salão escuro com uma imensa escada que leva até um balcão que circunda todo o ambiente. Um lustre de cristal encontra-se caído no meio do salão, e folhas secas e sujeira estão espalhadas pelo chão. Um cheiro de mofo permeia o ar e parecem ouvir uma música e som de conversa muito distante.

Uma grande mesa pode ser vista logo ao lado da entrada, com centenas de máscaras de todos os tipos e formas. Cada um consegue achar exatamente a máscara que gostaria de usar.

Quando colocam a máscara tudo muda, o lustre está novamente no alto do teto e completamente iluminado com centenas de velas, o salão está impecavelmente limpo e com cheiro de flores. Centenas de feys dançam, bebem, comem e conversam, e goblins vestidos de mordomo circulam com bandejas de comida e bebida. Em um canto uma orquestra toca uma valsa.

Um arauto anuncia a chegada da Companhia do Milagre, mas ninguém parece se importar. Os convidados parecem nem mesmo reconhecer a presença dos heróis. Quando interpelados fazem cara de surpresa como se não acreditassem que tiveram a petulância de se dirigir a eles.

Tentando se enturmar, Erevan se intromete em uma conversa de um grupo de sátiros que distcutia sobre o nome de uma determinada planta e identifica corretamente a estranha flor, impressionando a todos com seu conhecimento. Tass e Fajr seguem para o centro do salão e começam a dançar, atraindo aplausos e inspirando um grupo de Leprechauns a imitar a mesma dança. Akuna e Neurion começam a contar as histórias das peripécias da Companhia do Milagre, atraindo a atenção dos convidados, que se deliciam com os contos de aventura e perigo. Logo os heróis se sentem como o centro das atenções, e descobrem que aquele baile foi oferecido pelo Rei Corvo em homenagem a dois convidados ilustres, mas nem o anfitrião nem os convidados de honra foram anunciados até agora.

Algum tempo depois o arauto anuncia que o banquete será servido, e dezenas de mesas e cadeiras se materializam no salão. Todos os assentos estão marcados com pequenos cartões dobrados com o nome do convidado. Sobre cada uma das mesas há um pequeno cardápio escrito em fina caligrafia:

“Um jantar para comemorar a chegada dos convidados nos Salões da Esperança Perdida de Sua Majestade Real, Rei da Noite e dos Segredos, Duque da Escuridão Perpétua, Conde de Espinho Fresco, Senhor do Ar e das Trevas, Senhor do Palácio da Noiva das Sombras, O Rei Corvo.

Entretenimento Musical
Sementes e buquês de flores

1º Curso: Sinos, Flocos e Faíscas
Escolha entre Sopa de Sinos, Sopa de Floco de Neve ou Guisado Cintilante de Goblin

Brinde
Escolha entre Vinho da Rainha, Cordial do Rei ou Cerveja do Príncipe

2º Curso: Fogo e Calor
Redução de Javali sobre Cordeiro Dourado recheado com Ovos de Pássaro de Fogo
Cordeiro fresco
Torta de lampreia com molho galantina de canela e açúcar
Cálices de pedra com Vinho de Fogo

3º Curso: Aves do Ar
Torta de Corvo com Arco e Flecha
Pernas de Cegonha e Línguas de Pardal
Espuma de Beterraba, Tarteletes de Maçã e Ovos Fecundados
Cálices de Prata com Licor de Amora

4º Curso: O Submundo
Texugo em casulo à la drow com molho de peixe
Carne de Bovino Memorável
Acompanhamentos variados de cogumelos
Vegetais de raiz
Cálices Dourados de Vinho de Caveira

5º Curso: Os Ladrões de Cisnes
Os Cisnes de Prata e suas Jóias Lunares
Ovos crus de Ganso Raspados com Açafrão
Cisne Voador com Coroas Caindo
Cálices de Vidro de Vinho de Groselha

Sobremesa
Rosas cristalizadas
Massa Folhada de Fumaça com Centro de Ouro
Pastelaria do Castelo com Habitantes e Pomares
Ovo de Chocolate
Cálices de Vidro com Vinho Gelado de Pêra de Canela”

Quanto todos estão sentados, do alto da escada descem três pessoas vestidas em luxuosos trajes: O Rei Corvo e seus dois convidados de honra. Eles se sentam em uma mesa separada.

Os pratos começam a chegar imediatamente em um fluxo interminável, anunciados por um arauto ou criado. Nenhum dos convidados retira as máscaras para comer. Os que usam máscaras que cobrem todo o rosto conseguem colocar os alimentos na boca através de anos de prática.

O Rei Corvo se levanta e faz um brinde:

“Um brinde a nossos estimados convidados de honra, os Duques de Arcata e de Carmathan. Lamentamos que a adorável Baronesa de Ostel não possa se juntar a nós. Saudamos a todos os outros convidados, vindos de todos os planos superiores, inferiores e todos os outros lados. E damos as boas-vindas especialmente aos visitantes da Companhia do Milagre. Que ao final do baile Esperança Perdida ainda esteja de pé!”

Ao fim do jantar os criados pedem gentilmente que os convidados se levantem, pois irão começar a retirar as mesas. Isso é feito literalmente, todas as mesas e cadeiras desaparecendo como que por mágica.

Neste momento um arauto toca um sino, e todos os convidados se afastam do centro do salão, procurando lugares nos cantos da sala ou no balcão ao redor. Ele anuncia que o Rei Corvo estaria a partir daquele momento recebendo seus convidados, e uma fila começa a se formar.

Quando chegar a vez dos heróis eles logo percebem que os dois convidados de honra do Rei são os Duques de Carmathan e Arcata.

O Rei Corvo é um elfo alto, vestido em magníficos trajes de veludo negro e uma capa de penas longas e negras como a noite. Ele usa um chapéu de abas largas e uma máscara de corvo. Os dois Duques estão vestindo belas roupas de cetim e máscaras de baile com as cores de seus brasões.

O anfitrião concorda em negociar um acordo entre Bloodstone e seus inimigos, desde que a Companhia do Milagre consiga derrotar seu campeão. Ele disse que queria testar sua mais nova criação, feita a partir do pedaço da alma de Donaar. Erevan propões que, se o derrotassem em menos de 72 segundos, Donaar receberia o fragmento se sua alma de volta.

Ao derrotarem o campeão selam o acordo: o Duque de Carmathan apoiará a reivindicação de Noran à Polten e se aliará a Bloodstone na luta contra o Rei Bruxo, entregando o Duque de Arcata como garantia.

Donaar, que havia sido preso por Neurion em uma jaula para evitar que atacasse o Rei Corvo, parte ainda  jurando vingança.

De volta a Faerûn, seguem para o acampamento dos exércitos de Arcata e, com o Duque prisioneiro, conseguem que o general Jeofrey se renda e retorne para Vals com os exércitos.