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Na orla das ruínas estão 10 tendas de peles usadas pelos ogros. Ao redor delas há sacos e grandes ânforas de barro. Quatro ogros cuidam do acampamento, preparando a comida. Eles tem os olhos vidrados e as veias nas têmporas estão saltadas e escuras. Eles estão com a pele bem vermelha e os corpos todos cobertos de feridas, como se tivessem sofrido queimaduras com água fervente.
Várias colunas, muros e restos de construções de pedra podem ser encontrados por entre as rochas e árvores no topo desta montanha. A arquitetura e as decorações são semelhantes à da muralha de pedra na vila de Tanaroa. Pouco restou além de escombros.
No centro das ruínas existe um anfiteatro, com 10 fileiras de arquibancadas escavadas na rocha ao redor de uma depressão no solo. Na beirada dessa depressão há um grande bloco de pedra, sua face superior com uma figura em baixo relevo que lembra a boca de uma sanguessuga. No meio da boca há um orifício grande o suficiente para se colocar um vaso de porte médio. As reentrâncias da figura estão manchadas de sangue velho.
Os cinco ogros que esperavam no anfiteatro foram pegos de surpresa com uma combinação de magias de silêncio, fogo e cervos conjurados, impedindo que alertassem seus companheiros no acampamento.
Do lado oposto ao anfiteatro está a entrada da cripta, aproximadamente no meio da depressão no terreno. Grandes lajes de pedra fazem uma cobertura sobre uma fenda no chão, que desce em um ângulo de 45º. O túnel é tortuoso, com vária fissuras no teto, paredes e chão. É possível avistar rastros da passagem de ogros.
No meio do caminho cruzam com outro grupo de cinco ogros que subiam das profundezas da cripta carregando sacos repletos de relíquias. A passagem estreita dificultou o combate, mas os heróis sairam vitoriosos.
Os sacos contém estatuetas, joias e tabuletas com inscrições em um idioma desconhecido, mas ao serem lidas com a ajuda de magia revelam ser preces e salmos em homenagem a um deus chamado Demogorgon:
Para estar diante de seu olhar mortal!
Viajamos até a 88ª camada do Abismo!
Senhor de todos os que nadam na escuridão!
Sagrado Demogorgon! Sagrado Demogorgon!
Após descerem por aproximadamente 10 minutos o túnel se abre e chega no andar superior da grande cripta.
Uma pálida luminescência vindo de baixo ilumina uma gigantesca estátua sem a cabeça que preenche o centro desta câmara funerária cilíndrica. A estátua parece ser de um humanoide reptiliano, a parte inferior do corpo assemelhando-se a uma enguia cuja cauda se divide em três segmentos achatados, cada um garra em cada ponta. Símbolos estão gravados em todo o peito e os braços da figura, como se fossem tatuagens. Os braços estendidos seguram um objeto liso e circular entre os dedos longos em forma de garras.
Olhando para baixo podem ver a fonte da luz. Grandes manchas de um estranho fungo brilhante parece estar flutuando na água escura que sobe até a metade da cauda da estátua. Manchas menores pontilham as paredes interiores do cilindro, bem como partes da estátua. Parcialmente coberta pela água está a cabeça da estátua, com seus olhos abaulados e lembrando os de um peixe, e a boca como a de um sanguessuga cercada por tentáculos. Pedaços do fungo cresceram em torno de seus olhos, conferindo-lhes um estranho brilho.
Quatro níveis foram esculpidos na pedra acima da linha de água, 75 pés de altura entre cada um deles. Cada nível possui inúmeras nichos abertos de 20 pés de largura e 10 pés de profundidade. Dentro de cada nicho repousa um sarcófago esculpido em um belo mármore branco com veios de cinza-esverdeado. Símbolos estranhos, semelhantes na aparência aos tatuado na estátua central, cobrem todas as superfícies de pedra dentro de cada nicho, enquanto estátuas da mesma raça flanqueiam cada nicho. Cada uma veste uma capa e segura uma lança com uma esfera do tamanho de um punho.
Dois conjuntos de escadas circulam os pilares de suporte subindo das extremidades opostas da cripta. Essas escadas permitem acesso a todos os níveis desta gigantesca câmara.
Em cada um dos níveis um grupo de 3 ogros vestidos com peles de animais trabalha para abrir os sarcófagos. Outro ogro de pele cinza coordena os trabalhos de outros 2 ogros que tentam içar algo do fundo da cripta.
Antes que os ogros pudessem perceber sua presença os heróis avançam sobre eles. O combate que se seguiu foi frenético, os grupos de ogros subindo pelas escadas para atacar o grupo, que heróicamente defendia o nível superior das ondas de inimigos, empurrando alguns para a morte certa no fundo da cripta.
Tudo parecia sob controle até que o ogro de pele cinza, que havia subido até o primeiro nível da cripta protegido por um feitiço de invisibilidade, lançou um cone de gelo sobre os heróis, transformando Naugrim em uma estátua congelada. Não fosse a determinação valorosa do resto do grupo e dos punhos brutais do gorila gigante no qual Erevan se transformou o destino de todos teria sido a morte.
Antes que pudessem investigar mais a cripta as águas começaram a borbulhar, anunciando um gêiser que inundaria todos os níveis com vapor e água fervendo. Montados nos cervos conjurados por Erevan galoparam para a segurança da superfície.
O líder dos ogros, que vestia uma capa de pele com duas cabeças de babuinos costuradas, tinha um medalhão com a figura da boca de uma sanguessuga agarrado em seu peito, veias negras pulsantes prendendo o maligno artefato ao seu corpo. O zumbi guia confirmou que aquilo era a fonte dos distúrbios no plano espiritual, e Akuna encerrou a ameaça estilhaçando o medalhão com um golpe de sua espada, revertendo o corpo do ogro para sua forma natural.