Aventura 45: Na Ilha do Tabu

14 de Nightal, 1356 DR (Ano do Verme)

Após cruzar o lago a Companhia do Milagre encontra o Templo da Ilha do Tabu. A entrada para o templo foi esculpida na encosta de um penhasco rochoso. Duas docas primitivas feitas de postes estreitos e tábuas frágeis se estendem desde os degraus do templo. Dois degraus levam a uma esplanada repleta de pilares. A esplanada e os pilares são feitos de mármore vermelho. Espetadas em postes cravados em rachaduras no pavimento da esplanada estão muitas cabeças encolhidas, mandíbulas, totens de penas, e outros símbolos tribais primitivos.

Três curtas escadarias levam até um segundo nível acima do primeiro. Pés de granito estão de cada lado da escadaria central. Estes pés são tudo o que resta de uma enorme estátua que no passado se erguia sobre as escadas. Tanto o material quanto a técnica usada na estátua são diferentes do resto do templo, menos refinadas.

Na parte de trás do segundo nível há uma abertura que adentra o penhasco. A abertura é ladeado por um outro par de pilares de mármore vermelho.

Esculpida nas paredes anguladas volta da esplanada estão dois altos-relevos de humanos segurando braseiros acesos. Como os pés da estátua, também são de uma qualidade inferior do resto do templo.

Logo na entrada do templo são atacados por quatro vigias que defendiam a passagem que levava ao grande salão, que parece ter sido a área de culto principal do templo, mas os homens da tribo o usam agora como a sua sala de estar central. O chão é coberto com tapetes, tigelas e utensílios de cozinha feitos de osso. Uma fogueira está acesa no centro da câmara. O chão é cheio de rachaduras, e o ambiente é bem úmido e quente.

O salão em si é dividido em dois andares. Varandas correm ao longo de três lados do segundo andar. Um buraco para o céu foi aberto no centro do teto. Para evitar que detritos e pequenas criaturas entrem, uma rede foi presa fechando esta abertura. Uma corda está pendurada em canto levando do chão até a abertura.

No centro da parede em frente à entrada está esculpido um rosto que preenche a área do chão até o teto. Parece que uma criatura humanoide com olhos abaulados e lembrando os de um peixe, e a boca como a de um sanguessuga cercada por tentáculos. Várias outras portas podem ser vistas no nível superior.

Em um canto da sala há uma abertura no chão com aproximadamente um palmo de diâmetro. As bordas da abertura estão sujas de sangue. Lufadas de ar quente cheirando a terra e enxofre sobem pela abertura. Ao lado dela há uma grande cuia feita de couro cheia de pedaços de carne humana cortadas em pedaços pequenos o suficiente para serem jogados dentro da abertura.

Dezenas de canibais atacam o grupo enquanto as mulheres e crianças fogem pela abertura no teto. Depois de uma ferrenha batalha conseguem matar o líder da tribo renegada.

Investigando o resto do templo encontram uma câmara secreta com várias grandes alavancas de pedra e um tubo de bronze corroído presos na parede sul da câmara. Três cabos de bronze estão pendurados a partir de pequenos buracos no teto. Um pequeno nicho foi esculpida na parede, localizados atrás da figura em alto-relevo na parede nordeste da entrada do templo. Uma pessoa pode ficar neste nicho e observar a entrada através de dois pequenos furos imperceptíveis do lado de fora. Aparentemente a estatua de pedra negra do lado de fora podia ser manipulada a partir daquele mecanismo. Os antigos sacerdotes provavelmente usavam o artifício para impressionar seus seguidores.

Em outra câmara secreta encontram o lugar onde os “deuses” observavam os serviços realizados em sua honra. A câmara está vazia a não ser por um pedestal de pedra no canto, e o chão é coberto com uma espessa camada de poeira e areia fina.

Uma caixa pequena de pedra, delicadamente esculpida com uma tampa dupla com dobradiças repousa sobre o pedestal. No interior está uma estatueta de ouro e coral. Parece um humanoide anfíbio com uma cabeça lisa, grandes olhos, e uma boca envolta em tentáculos. O tronco é humano, com dois braços que terminam em mão com garras. Da cintura para baixo, o corpo divide-se em três longos tentáculos, cada um terminando em barbatanas com garras. Beriel sente que a estátua é maligna.

No canto noroeste da sala, um conjunto de escadas leva até uma plataforma estreita. Esta plataforma repousa por trás dos olhos do rosto esculpido que olha para o grande salão. Qualquer pessoa de pé sobre a plataforma pode visualizar a câmara principal, olhando através das duas aberturas dos olhos.

Entre as duas aberturas para os olhos está um grande pistão e uma alavanca de bronze, que se pressionada joga uma núvem de pó incendiário no grande salão de culto.

Encontram também um corredor que termina em uma tosca parede de pedras que fecha completamente a passagem. Erevan se transforma em uma toupeira e faz uma abertura grande o suficiente para o grupo seguir para o nível inferior do templo.

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