28 Alturiak, 1357 DR (Ano do Príncipe)
Zalaznar Crinios, o Arquidruida de Cedarsproke, leva a Companhia até os jardins do Colégio Earthome. Lá ele explica que Rawlinswood está dentro dos domínios do Círculo de Leth, e que as negociações com seu líder, o Nentyarcha, foram complicadas pois eles estão sofrendo ataques de alguma força sinistra. O círculo de druidas para o qual serão transportados tem relatado estranhos acontecimentos na floresta, e umas das condições impostas pelo Nentyarcha é de que a os heróis investiguem esses relatos.
Antes de abrir o portal, Zalaznar presenteia Erevan com uma semente de um grande cedro que cresce imponente no coração do jardim, para que o druida possa retornar sempre que quiser a Cedarproke. A ala onde encontra-se o freixo que servirá como ponte para a floresta ao norte é bem mais fria do que o resto do jardim, permitindo que árvores de outros climas possam crescer com vigor.
Atravessando o portal, a Companhia do Milagre chega em uma floresta antiga, escura e gelada. Naugrim, Neurion e Marco começam imediatamente a tossir sangue, seu corpo coberto de manchas escarlates. Ao olharem em volta, o círculo de árvores ao redor de um menir com inscrições druídicas está acometido de uma terrível doença, feridas vermelhas abertas na casca e seiva avermelhada escorrendo e coagulando no frio da floresta. Aparentemente a mesma doença acometeu os heróis, mas os poderes divinos de Silvanus e Tyr curam os membros da Companhia do Milagre.
Erevan comunga com a natureza e sente um grande mal em algum lugar ao norte. Uma vila pode ser vista por entre as árvores, e o druida sente a presença de mortos-vivos naquela direção. De animais não ha sinal, aparentemente afugentados pelo que quer que estivesse ameaçando aquela região.
O pequeno vilarejo, composto por oito cabanas de madeira, parece frio e abandonado, deixando uma péssima impressão nos heróis. Alguém, ou alguma coisa, marcou as portas de todas as casas com fungos e bolores que costumam ser encontrados em animais em decomposição.
Marco nota um brilho estranho nos olhos de Akuna, e começa a sentir seu braço direito coçar. Neurion ouve gritos na floresta que ninguém mais escuta, e Naugrim sente um cheiro adocicado no ar. Estaria alguma coisa brincando com os sentidos dos heróis?
Seguindo rastros frescos até uma das casas na orla da vila, encontram cinco crianças escondidas em um quarto escuro. A mais velha, que deve ter uns 6 anos, conta que as pessoas da cidade, inclusive os druidas do Círculo de Leth, foram levados pelos outros que habitam as partes mais escuras da floresta. Ele conta também uma história que ouviam de seus pais ao redor da fogueira em noites escuras:
No ano de 1264 DR, o conde da cidade de Mavveh, Hammurad-Ura, travou uma guerra de grande sucesso contra os druidas do Círculo de Lent para garantir o suprimento de madeira para a construção de um novo e grande armazém. Palavra chegou a ele que um emissário do Nentyarcha, um druida chamado Hangul, desejava discutir os termos da rendição. Seus conselheiros advertiram-lhe que os druidas não têm respeito por tréguas e promessas, vendo-as como ferramentas para conseguir seus objetivos, mas o conde concordou em receber o druida.
Hangul foi admitido no fortim do conde ao amanhecer. Como o druida encontrava-se nu, coberto apenas com lama e vermes, os guardas assumiram que ele iria se banhar e se vestir antes que ele fosse admitido à presença de Hammurad-Ura. Mas, durante este processo, o druida usou seus poderes de transformação para fugir e escapar de qualquer perseguição.
O druida foi encontrado pouco tempo depois e prontamente degolado pelos guardas, mas não antes de ter estuprado a condessa.
Três meses depois, após muitas outras batalhas sangrentas, o conde Hammurad-Ura concluiu seu projeto de pacificação de Rawlinswood e caravanas passaram a trazer a madeira em segurança. O Nentyarcha, para evitar a morte de mais membros de seu círculo, assinou um tratado de paz com o conde, mas foi veemente ao negar ter enviado algum emissário ateriormente.
Seis meses depois, a condessa deu à luz um filho chamado Uriahl. A verdade de sua concepção foi mantida em segredo, até mesmo do menino. Por todas as contas, o conde e sua esposa criaram Uriahl como seu próprio filho, e ele foi tratado com bondade e carinho. A cidade estava entrando em um período de paz e prosperidade, e Hammurad-Ura foi capaz de passar seu tempo com os filhos.
Quando Uriahl tinha nove anos, ele matou sua mãe, os dois meio-irmãos, e afogou o conde na fonte do jardim. Ateando fogo ao fortim e ao grande armazém de madeira como distração, o menino escapou da cidade. As últimas testemunhas descrevem como o garoto descartou sua roupa e fugiu, correndo como um animal, para o interior de Rawlinswood.
O jovem se dirigiu para um bosque secreto, desconhecido até mesmo do Nentyarcha, onde encontrou um grupo de druidas sobrevivente das batalhas contra o conde. Os druidas ficaram muito felizes ao vê-lo, e lamberam o sangue de seus pés calejados para mostrar a sua lealdade. O rapaz se desculpou por sua ausência de nove anos, e exigiu que suas velhas roupas fossem devolvidas, o que os druidas fizeram com prazer. Hangul estava novamente entre eles.
Deixando as crianças em segurança no porão de uma das casas, os heróis são atacados por criaturas feitas de fungos que emergem da sujeira esfregada nas portas das casas.
Determinados a acabar de uma vez por todas com a corrupção que tomava conta da região, se embrenham na floresta rumando para norte, na direção do grande mal que Erevan havia detectado.
No meio do caminho observam horrorizados que uma grande massa de fungos já tomou metade de um lago congelado, e que toda a água que descia pelo rio estava contaminada pela doença. Contornando o lago entram na região afetada pelos fungos, que brotam do solo e contaminam todas as árvores. Aqui e ali observam pedras e pequenas ruínas de construções há muito tomadas pela floresta, vestígios do antigo e terrível império de Narfell.
No centro da corrupção encontram as ruínas de uma torre, e Erevan lança um desafio para os druidas corrompidos, que se levantam cobertos de lama, fungos e vermes e atacam a Companhia do Milagre. correndo para o coração das ruínas encontram toda a população da vila, incluindo as cinco crianças, enforcadas em uma grande árvore, com Hangul esperando aos seus pés.
O druida, uma figura carcomida e envolta em tiras de fungos, com a galhada putrefata de um alce adornando sua cabeça, tenta invocar as forças corrompidas da natureza mas é frustrado pelo domínio arcano de Neurion. Quando Akuna e Numspa avançam sobre ele a grande árvore se revela um treant corrompido, que os ataca com seus grandes galhos.
A batalha na pequena clareira é ferrenha, mas os heróis conseguem derrotar o druida corrompido e, quando Erevan em sua forma de elemental do fogo queima o treant, liberta as almas das pessoas enforcadas e purga a podridão de toda aquela região da floresta. Em nenhum lugar encontram o coração de Hangul. Em algum lugar a podridão começa a crescer novamente ao seu redor, a ameaça do druida corrompido ainda não havia sido resolvida em definitivo.
No lugar da árvore queimada sobra apenas uma pequena muda. Quando Erevan a replanta ela cresce rapidamente em uma árvore adulta, e de uma pequena fava que cresce de um dos seus galhos ela recompensa o druida com um poderoso anel.
Mais tarde o Nentyarcha entra em contato com a Companhia do Milagre e agradece a ajuda. Diz que o Círculo de Leth ainda estava sob ataque das forças da podridão, mas que a missão dos heróis apontava para a Damara.