Aventura 70: Avante à Barovia

A Companhia do Milagre escapa da fúria do Rei Bruxo da Vaasa correndo na direção das espessas névoas que invadiram a estrada.

Sem conseguir enxergar um palmo à frente do nariz, caminham por várias horas pelas brumas, avistando apenas o vulto das árvores que ladeiam o caminho.

Neurion se recorda dos livros que haviam consultado em Candlekeep e desconfia que haviam passado ao plano etéreo.

Sir White, Lord Thomas e Lady Carol

Sir White, Lord Thomas e Lady Carol

Das brumas emergem três viajantes que se aproximam com desconfiança. Eles dizem vir do reino da Marca Oeste, tendo iniciado sua jornada na estalagem do Gamo Vermelho, lugares que ninguém da Companhia do Milagre havia ouvido falar antes.

Sir White, Lord Thomas e Lady Carol mostram então uma carta enviada pelo burgomestre da Barovia, entregues a eles por um cigano chamado Samael. Na carta ele pede ajuda para salvar sua vila da ameaça das forças das trevas, prometendo uma grande recompensa:

Saudações a vós de poder e valor:
Eu, um fiel servidor do povoado de Baróvia, envio-vos minha honra. Nós rogamos por vossa desesperadoramente necessária assistência em nossa comunidade.
As legiões do próprio inferno estão às nossas portas! Os mortos se levantam de suas tumbas e procuram nos arrastar para baixo com eles! Não contentes em nos massacrar em nossas casas, eles espalham a mancha de sua maldição terrível, para que aqueles que matam aumentem seus números!
Há muita riqueza em nossa comunidade. Eu ofereço tudo o que possa dar-vos se vós pudésseis me auxiliar nesse apelo desesperado.
Venham rápido, pois o tempo urge! Tudo o que eu tenho será vosso!
Ismark Indirovich, Prefeito de Baróvia

Os dois grupos seguem juntos pela estrada na direção que o cigano havia indicado, e ao amanhecer as brumas se partem para revelar uma grande muralha com um portão ladeado por estátuas cujas cabeças encontram-se caídas ao lado da estrada.

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A floresta que cerca a estrada é estranha, os troncos das árvores muito próximos uns dos outros, as copas dos altos pinheiros e outras coníferas sumindo nas nuvens baixas que ameaçam chuva.

Os portões se abrem sozinhos para a passagem dos viajantes, fechando-se novamente quando a última pessoa os atravessa.

Erevan sente cheiro de carniça e vai investigar. Descobre o corpo mutilado de um jovem meio enterrado sob uns arbustos. Pelas feridas ele deve ter sido atacado por lobos. Em sua mão encontra uma carta, assinada também pelo burgomestre da Barovia mas com uma caligrafia diferente e passando uma mensagem muito mais tenebrosa, um alerta para que todos fiquem longe de sua terra amaldiçoada.

Eu, o burgomestre de Barovia, envio-lhes nossa honra – com desespero.
Por mais de 400 anos uma besta infernal drena o sangue e a vida do meu povo. Nem mesmo os mortos podem descansar em suas tumbas, chamados de volta para assombrar as terras e espalhar sua terrível maldição.
Então eu digo-lhes, dá-nos por mortos e cerquem esta terra com os símbolos do bom. Deixe os homens santos invocar Seu poder para que o diabo possa ser contido pelos muros que isolam a Barovia. Deixem nossas dores para nossas sepulturas, e salvem o mundo deste destino que nos abateu.
Há muita riqueza aprisionado nesta comunidade. Voltem para resgatá-la depois que tivermostodos partidos para uma vida melhor.
Ismark Indirovich, Burgomestre

Cansados da viagem, e preocupados com o bem estar de Rose Marie, montam um acampamento que é atacado por lobos. No meio da floresta um grande lobo negro observa o combate, desaparecendo quando os outros são derrotados.

Seguindo pela estrada, chegam a uma vila triste e sombria, suas ruas desertas tomadas de névoas. Muitas casas parecem estar abandonadas, e as que apresentam sinais de estarem ocupadas tem as janelas reforçadas com tábuas. De alguma rua mais adiante ouvem um choro de mulher.

Seguindo o som do choro chegam em um largo onde finalmente avistam sinal de vida. Luzes podem ser vistas dentro de uma loja, o Mercado de Bildrath, e de uma taverna, a Sangue no Vinhedo.

Erevan busca informações dentro da loja e é recepcionado com desconfiança. Aparentemente os moradores da Vila de Barovia não estão acostumados com a presença de elfos e anões.

Maria, a louca

Maria, a louca

A origem do choro é uma casa vizinha à loja, que Bildrath diz pertencer a uma mulher chamada Maria. Alguns dias atrás sua filha desapareceu, a mulher inconsolável desde então.

Akuna bate na porta e consegue, com palavras de alento, ser convidado para entrar. Maria, que parece ter ficado mentalmente abalada com o sumiço de sua filha Gertruda, nunca havia deixado a filha sair de casa. Agora adolescente.

Gertruda

Gertruda

Erevan pega alguns fios de cabelo de Gertruda em uma escova na penteadeira, enche uma bacia com água abençoada por Naugrim e invoca um feitiço para localizá-la. Pela reflexo na água vêem a garota deitada na cama em um quarto luxuoso, com uma expressão deslumbrada. Na cabeceira da cama um grande monograma da letra Z.

Quando informam a Maria que localizaram sua filha e descreveram a cena avistada, a mulher entra em desespero, certa de que a filha encontrava-se aprisionada no Castelo Ravenloft por seu mestre e lorde das terras da Barovia: o vampiro Strahd von Zarovich!

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