Aventura 73: O Demônio Strahd

Akuna, Neurion e Numspa acompanham o elfo até o salão onde o mestre do Castelo Ravenloft os esperava. Três enormes candelabros de cristal iluminavam a magnífica câmara. Pilares de pedra subiam junto às paredes de mármore branco. No centro da sala, uma longa e pesada mesa estava coberta com uma fina toalha de cetim branco.

A mesa estava repleta de alimentos deliciosos: um javali assado com um molho espesso e escuro, raízes e ervas para todos os gostos, frutas e outros vegetais. Quatro lugares estavam postos, um para cada integrante da Companhia do Milagre que havia entrado no Castelo, com porcelana fina e delicada, e talheres de prata. Em cada lugar há uma taça de cristal cheia com um líquido âmbar com uma fragrância delicada e tentadora.

No centro da parede oposta à entrada, entre espelhos que iam do chão ao teto, estava um enorme órgão. Seus tubos emitiam uma melodia estrondosa que passava um tom da grandeza e desespero. Sentado ao órgão, de costas para a entrada, uma figura vestindo uma capa negra atacava as teclas em um êxtase arrebatador. A música parou repentinamente, e ao mesmo tempo que um silêncio profundo caiu sobre o salão de jantar, a figura se voltou lentamente na direção dos heróis, dando boas vindas.

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O Conde Strahd Von Zarovich é um homem de pele pálida e orelhas ligeiramente pontiagudas estava trajando vestes negras e uma camisa de seda branca. Pendurada em uma corente de ouro ao redor de seu pescoço um grande rubi. Ele urge que aproveitem o banquete e diz que podem explorar o castelo, perguntando o que os trazia até ele.

O grupo informa que veio em busca da jovem Gertruda. Há uma discordância entre o Conde e o grupo, que indaga o porquê do terror diário infingido ao povo da Barovia. O Conde gargalha e diz que eles não sabem ainda qual o significado de terror! Ao mesmo tempo que ele desaparece um vento gelado apaga todas as tochas e velas da sala. Os sons de portas e janelas se batendo podem ser ouvidos por todo o castelo, e ao longe o rangido dos grandes portões da muralha descendo e a ponte levadiça subindo, isolando o Castelo Ravenloft do resto da Barovia.

Sthrad e Gertruda

Sthrad e Gertruda

Enquanto isso Erevan é recepcionado por Gertruda, que se encontrava no estúdio junto com Strahd. O vampiro nota a forma felina do druida e diz que havia sentido sua falta no jantar. Seus olhos brilham com uma malevolência vermelha enquanto se aproxima de Erevan, que resiste ao controle do Conde e foge, sendo perseguido por uma revoada de morcegos pelos corredores escuros do castelo. Vários morcegos mordem o gato, forçando Erevan a voltar para sua forma de elfo, que corre e fecha uma porta entre ele e os morcegos.

No salão de entrada, Neurion acende uma tocha a tempo de perceber que a própria arquitetura do castelo está contra eles. Gárgulas que ornamentavam o teto do salão investem contra os heróis, que precisam usar de muita magia para destruir as criaturas.

Erevan finalmente encontra o caminho de volta e se reune com os outros. Após uma breve conferência o druida convence seus companheiros de que um confronto direto com o Conde não era sábio. Ele lembra da leitura da Tarokka feita por Madame Eva, e resolvem sair do castelo e procurar o local de prece indicado pelas cartas.

As estátuas de dragão no foyer, entretando, também tomam vida e enchem a sala com fogo e chamas. Neurion precisa lançar uma chuva de relâmpagos para destruir a nova ameaça.

Na parte de trás do castelo, atrás de altas torres e janelas de vitrais, um pequeno jardim lutava para sobreviver. Pequenas flores cresciam para o alto, tentando alcançar o céu e fugir da penumbra. No alto das paredes sobre o jardim avistaram os vitrais da capela.

Numspa usa a magia de sua capa para escalar as paredes e auxiliar seus companheiros na subida. Uma luz fraca entrava pelas altas janelas quebradas de vitral colorido e parcialmente bloqueadas por tábuas, iluminando a antiga capela do Castelo Ravenloft. Alguns morcegos voavam perto do topo do teto abobadado de 30 metros de altura. Um balcão podia ser visto ao longo da parede oeste, 15 metros acima do chão. No centro do balcão, duas formas escuras estavam imóveis, sentadas em cadeiras altas.

Bancos cobertos com séculos de poeira acumulada estavam espalhados de forma desordenada pelo chão. Além dos bancos, iluminado por um penetrante facho de luz, um altar podia ser visto sobre uma plataforma de pedra. As laterais do altar eram esculpidas com baixos-relevos de figuras angelicais entrelaçadas com videiras. A luz vinda de cima iluminava diretamente uma estatueta de prata. Uma figura encapuzada estava inclinada sobre o altar, e uma maça negra jazia no chão perto de seus pés.

O Símbolo Sagrado de Ravenkind e o Ícone de Ravenloft

O Símbolo Sagrado de Ravenkind e o Ícone de Ravenloft

O homem, aparentemente um sacerdote de algum deus mesquinho, estava morto, suas feições travadas na agonia do momento da morte. A estatueta de prata era o Ícone de Ravenloft, e Akuna sentiu que, enquanto ele estivesse posicionado sobre o altar, uma aura de proteção contra as forças das trevas ajudaria em sua proteção.

Ao lado do altar encontraram também um símbolo sagrado feito de platina na forma de um sol, com um grande cristal encrustado no centro, o Símbolo Sagrado de Ravenkind.

Não querendo ser pego de surpreso, Neurion lança mísseis mágicos nas formas escuras sentadas nos tronos, que se revelam zombis de aparência repugnante. Os golpes dos heróis arrancavam os membros das criaturas, que mesmo assim se arrastavam buscando a morte de seus oponentes.

O grupo decide então descansar ao lado do Ícone e aproveitar sua proteção. Neurion ainda usa sua magia para reforçar as defesas de seu local de descanso, que era atentamente observado por centenas de morcegos que se penduravam do teto da capela.

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