Aventura 80: Nas garras do glorioso Vishap

Quando o grupo atravessa a Janela dos Mundos se vê em um estranho ambiente com diversas pontes de luz. De uma delas pula um monge que se apresenta para Numspa como o Mestre Altair. Ele diz que vem o observando há tempos, e que já é hora de continuar com seu treinamento. Se mantivesse a paz interior conseguiria executar feitos nunca antes imaginados, como entender o próprio ki das outras pessoas e reconhecer seus idiomas. Numspa deve abrir sua mente para a compreensão, e aceitar o diferente sem beligerância.

Raita e sua família, que acompanhavam o grupo, aproveitam para agradecer pela ajuda prestada pela Companhia ao derrotarem Ra-Munn e os salvarem da morte. O velho Farid se dirige à Neurion, chamando-o pela alcunha de Ajami, e diz que nada tinha de grande valor para oferecer a tão distinto grupo, a não ser sua amizade e hospitalidade. Ele presenteia o mago com um mapa da região do domínio de Sahu, cujo nome advinha de uma ilha no centro do “Mar Lotado”.

Ogros gigantes

Neurion aprecia a oferta de amizade e recebe o mapa. Enquanto isso a pequena Raita dá um leve puxão na cota de correntes da pesada armadura de placas confeccionada por anões usada por Tau Akuna. A menina via o paladino como líder do grupo pela coragem e força que demonstrou ao derrotar o dracolich e vencer Ra-Munn. Ela agradece emocionada ao guerreiro de Tyr o chamando de Faris, que Akuna entendeu significar “guerreiro sagrado”.

Enquanto Tau ouvia a criança e seus pais o agradeciam por ter protegido a menina, a imagem viva do instante em que ele desferiu o golpe mortal da espada de Kas na prole de Rose Marie invade sua mente. Era uma criança, ele sente em seu coração. Uma criança. Tau retorna de seu devaneio momentâneo quando Raita pega sua mão e começa a conduzí-lo através da ponte de luz solar. Farid havia dito que sairiam nos arredores da cidade de Dihliz, mas, no momento em que cruzaram a janela, Tau sentiu a mão de Raita se desprender da sua como se uma força mística os tivesse separado abruptamente.

O grupo começa a sentir um grande calor e se vêem pegos repentinamente por uma tempestade de areia, sem sinal de Raita e sua família. Neurion inala uma grande quantidade de areia e, em um ato de clareza mental e sobrevivência, ativa a Fortaleza de Daern, criando um refúgio para a Companhia. Erevan comunga com a natureza e sente que estão na orla de um grande deserto, próximos a uma cadeia montanhosa.

Kalamaziz, o glorioso Vishap das Montanhas da Desolação

Após algumas horas a tempestade passa, e a Companhia do Milagre estuda o mapa entregue a eles pelo pai de Raita. Decidem seguir na direção de umas montanhas próximas, a caminho de Dihliz. Ao chegarem na base da montanha são atacados por ogros gigantes de um olho só, lacaios de um poderoso dragão sem asas, com escamas que pareciam de pedra, chamado Kalamaziz, o glorioso Vishap das Montanhas da Desolação, que ficou intrigado ao ver o grupo de aventureiros de terras estranhas invadir seus domínios. Enquanto observava, invisível, a luta contra seus lacaios, vendo a força do grupo decide torná-los seus escravos.

Apesar de lutarem bravamente, o calor do deserto exigiu muito de Tau, deixando o grupo já enfraquecido em desvantagem. Kalamaziz consegue derrubar Neurion e Akuna, ameaçando matar o paladino se não se renderem. Oferece a vida de todos em troca de serviços a serem prestados. Diz o Vishap que, depois dessas tarefas, com o pagamento de dez mil e um dinares para ele, o grupo poderá seguir seu rumo em liberdade. Diante da situação Numspa e Erevan são obrigados a aceitar a “oferta”. O Vishap diz para que retornem para sua torre mágica e que entrará em contato a noite.

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