Aventura 89: A grande charada

Após uma semana de viagem pela selva, o grupo monta acampamento ao lado de uma cachoeira que alimentava um pequeno lago.

Enquanto se preparavam para passar a noite, sentem um vento gelado que sopra uma névoa espessa sobre a superfície do lago. A névoa se adensa e a temperatura cai abruptamente, congelando por completo as águas.

Das névoas surge uma mulher forte brandindo uma grande espada de duas mãos, sendo perseguidas por demônios de gelo. Após derrotarem os demônios a mulher apresenta-se como Morgwynn, a rainha de uma tribo de bárbaros do norte. Ela estava fugindo e sendo caçada por Zhengyi, o Rei Bruxo, que havia escravizado seu povo. A rainha se une à caravana para auxiliá-los e tentar encontrar um caminho de volta para Faerûn.

Após a luta, Sardo nota duas enormes lápides de granito por entre as árvores. Dois pares de mãos imensas, que só podiam ser de gigantes, seguravam os blocos de pedras. Numspa e Tass se esgueiram pela mata até verem que dois gigantes de pele morena e roupas feitas com galhos, folhas e tecidos naturais e rústicos seguravam cada um sua pesada lápide e tentavam lentamente se afastar da caravana sem serem vistos.

Abeir e seu irmão Abnair acabam, infelizmente, avistando os aventureiros, e começam a se desculpar profusamente por os terem visto.

Eles explicam que foram amaldiçoados pelo rei Sumulael, que matou os demais guerreiros de sua tribo e os amaldiçoou, fazendo com que carregassem enormes lápides de granito. A maldição fazia com que os gigantes tivessem que propor uma charada para quem eles encontrassem. Se a pessoa acertasse eles estariam livres, mas se errasse eles teriam que devorá-la.

Os gigantes disseram que não havia pressa, passando a noite com a caravana que prontamente os recebeu com novas canções. As jovens dancarinas Miriam e Azra`il novamente apresentaram suas danças e o franzino cozinheiro Tahir, sempre simpático e solicito, tentou aplacar o apetite dos gigantes com sua sempre deliciosa comida, na esperança de que eles não o quisessem como petisco.

Durante o jantar Sardo confrontou Barak sobre os soberanos de Ysawis, e o comerciante lhe revelou seu propósito em negociar com os necromantes que estavam reconstruindo o antigo reino de Ysawis. Ele queria conseguir o talismã de Shajar, deusa do Rio, capaz de trazer e tirar a vida, para restaurar seu rosto deformado. Pediu ao grupo que não mencionasse sobre o talismã aos reis de Ysawis, pois eles mesmos o buscavam para seus próprios fins. Barak conta também que o talismã se encontrava selado na tumba secreta da antiga governante de Ysawis, a Princesa Zoraya.

Após o jantar, os gigantes enfim proferiram a charada de sua maldição:

Sempre correndo e nunca cansando
Eu ligo todos os impérios, novos ou moribundos
Eu trago a vida e inspiro a verdadeira fé
Diga meu nome ou morra tentando

Neurion estabelece uma conexão telepática entre o grupo, que delibera e chega a uma resposta: o rio.

Os gigantes repetem a resposta incrédulos e desesperados a princípio, mas então percebem que a charada havia sido solucionada com sucesso, e que estavam enfim livres da maldição. Pulam, vibram, gargalham, se abraçam e jogam suas lápides no chão.

Porém, neste instante suas mãos tremem e começam a se desfazer, sua carne e pele apodrecendo e virando pó. Sem entender e sem querer acreditar que haviam sido enganados pelo Rei Sumulael, eles gritam em desespero para o grupo “Era rio! A resposta era rio”! Em poucos segundos suas mandíbulas caem e seus corpos colapsam em poeira sobre as lápides quebradas, e tudo que resta deles é levado pelo vento.

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