Garagos era uma honrosa divindade da guerra, um ser associado mais com a vitória militar através da fúria do que com a perseverança através de decisões puramente táticas. Por fim, ele entrou em conflito com um jovem semi-deus chamado Tempus, que ansiava pelo domínio sobre a arte da guerra. O Tomo do Triunfo do Martelo Inimigo, uma coleção de escrituras consideradas sagradas pela igreja de Tempus, conta sobre a batalha que durou séculos, na qual o Senhor das Batalhas finalmente derrotou Garagos ao voltar a fúria insana do Destroçador contra ele mesmo. Acreditava-se que Garagos estivesse morto há muito tempo, porém este reapareceu recentemente, mas ninguém sabe se ele estava adormecido ou se foi ressuscitado por algum culto de devotados seguidores. Sua encarnação mais recente parece estar completamente livre da habilidade que ele possuía. Ao invés disso, Garagos é agora um ser de fúria sem sentido, um redemoinho de carnificina composto de seis braços que parece existir somente para a destruição.
O insano e desonroso Garagos se mantém a beira do mal. Quase uma força elemental da destruição, o Destroçador não possui aliados nos panteões de Abeir-Toril – os outros deuses lidam com Garagos simplesmente ficando o mais longe possível dele. Embora possua uma mente vazia, ele ainda guarda ressentimentos profundos contra Tempus e sua vassala, a Cavaleira Vermelha. Caso essas divindades venham a se encontrar no campo de batalha, pouca dúvida existe sobre o fato de que o Destroçador tentaria matá-las. Entretanto, é plausível dizer que a capacidade destrutiva de Garagos substituiria suas fraquezas táticas e, neste dia, os seguidores de Tempus conheceriam o verdadeiro significado da palavra desespero.
O dogma de Garagos é que a paz é para os tolos e fracos. A guerra torna todos os participantes fortes e somente o conflito direto satisfaz a honra. Somente os covardes evitam a batalha. Qualquer um que derrotar o inimigo através da emboscada ou atacando por trás demonstra covardia. A retirada não existe, mesmo diante de um inimigo mais poderoso, pois se Garagos estiver no coração do guerreiro, a divindade concederá força necessária para conquistar qualquer inimigo.
O objetivo de todo seguidor de Garagos, o Destroçador, é de estar coberto pelo sangue do inimigo no centro de um conflito iniciado por eles. Os clérigos de Garagos, conhecidos como destroçadores sangrentos, usam seus dias para fomentar a discórdia por todo o continente, sabendo que cada conflito contribui para o renascimento de seu deus. Eles acreditam que Garagos terminará por recuperar sua força divina, removendo o senhor da Batalhas e reclamando o manto da Divindade da Guerra. Trabalham incessantemente na criação e ampliação de sua rede de espiões, guerreiros fiéis e outros tipos de agentes para aumentar o poder do culto. A liderança de cada célula deste culto é geralmente determinada pelo resultado de disputas de poder entre agentes de clérigos rivais.
Os destroçadores sangrentos rezam por suas magias de manhã. Cerimônias típicas dedicadas ao Senhor da Guerra envolvem o derramamento de sangue, além da unção dos fiéis com sangue de seus inimigos. Ainda que poucos clérigos ricos prefiram semear a discórdia através de estratagemas na corte das cidades de Faerun, a maioria dos clérigos bestiais de Garagos ignora o banho, cobrindo orgulhosamente seus corpos com muitas camadas de sangue de seus inimigos. A obsessão do culto do Mestre de Todas as Armas em relação ao sangue fez com que o ato de servir a Garagos envolva alguns graus de vampirismo, mas uma ligação direta nunca foi encontrada.