Fragmentos: O Destino de Fleeth

“Na manhã seguinte à Festa da Himar, os governantes de Fleeth sairam da cidade e suplicaram aos sitiantes por uma audiência com Lorde Vecna em seu pavilhão macabro. Disseram-lhe que estavam prontos para colocar a cidade e todas as suas riquezas ao seu dispor, desde que suas vidas fossem poupadas. Vecna respondeu que não poderia concordar com aqueles termos, e nem mesmo com quaisquer outros, e que ele veria as cabeças de todos os cidadãos de Fleeth empilhados diante dele.

Ouvindo tão terrível proclamação sobre seus destinos, os governantes clamaram por misericórdia, oferecendo suas próprias vidas em troca de que Vecna poupasse o bom povo de Fleeth. Talvez o lich estivesse de bom humor, pois ordenou aos governantes que escolhessem um deles, bem como toda sua famila, e os colocassem a sua mercê.

Após muita discussão um homem muito justo chamado Artau se ofereceu e mandou chamar sua família. ‘Junte-se a mim, pois o Grande Senhor nos concedeu a segurança para deixar esta terra”, disse para sua esposa, procurando aliviar sua mente. Tranquilizado por suas palavras gentis, ela e seus filhos passaram pelo portão para se juntar ao marido. Satisfeito, Vecna entregou a todos para seu mais estimado tenente na ocasião, Kas o Mão Sangrenta.

Por um dia e uma noite os governantes de Fleeth assistiram o bom Artau e toda sua família serem torturados e morrerem nas mãos de Kas. Quando o último grito de horror foi ouvido, os governantes imploraram para se retirar, certos de sua cidade tinha sido salva. Mas Vecna virou-se para seus barões e pediu seus conselhos. ‘Meus senhores,’ disse ele, ‘o povo desta cidade está pronto para entregá-la a mim, na condição de que suas vidas sejam poupadas. No entanto, eu não vou fazer a paz com eles nesses termos, nem quaisquer outros, salvo com o seu consentimento.’

‘Mestre’, responderam os barões, ‘aconselhamos, e até imploramos, para aceitar os termos que eles oferecem.’ Mas Vecna não deu ouvidos. Naquele mesmo dia as catapultas e os magos de guerra se posicionaram do lado de fora dos muros da cidade. O ataque durou cerca de cinco horas, e logo depois Vecna quebrou as paredes de Fleeth com um leve meneio de sua mão.

Quando amanheceu, as cabeças de todos os cidadãos de Fleeth foram empilhadas diante de seus governnates. Suas próprias esposas e filhos olhavam para eles posicionados na primeira fileira. Este foi o humor de Vecna, e como crueldade final permitiu que os governantes partissem em paz, garantindo sua segurança para os restos de suas tristes vidas”.

Fragmento das “Crônicas dos Tempos Perdidos”, por Uhas de Neheli

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