“Dia 05 da Era do Destruidor – Os porcos de Amaunator por pouco não nos encontraram enquanto fuçavam os escombros da Torre Apodrecida. Eles desenterraram pelo menos vinte corpos e os levaram para longe. Não foi possível discernir se os restos mortais do Destruidor estavam entre eles. Apesar de meus alertas, Zadicus e seus ghasts foram destacados para seguir os paladinos e descobrir seu destino. Temo que o necromante seja mais fiel a sua deusa da escuridão do que a Kas.
Dia 15 ED – Os sinais são auspiciosos. A terra ao redor da fenda cheira a pestilência, e os escravos que tentam escavar ao redor logo irrompem em chamas que não conseguimos apagar. Creio que encontramos a espada.
Dia 19 ED – Perdemos dezenas de trabalhadores, mas a espada foi recuperada. Conseguimos inibir o fogo usando o sangue dos escravos, mas foi necessário exanguinar praticamente todos os que restaram para submergir completamente a lâmina. Com sorte o último deles vai sobreviver, pois não foi necessário drená-lo completamente.
Dia 46 ED – O Mar das Estrelas Cadentes está agitado esta noite, verificamos as amarras e a caixa está bem presa. O sangue ainda se mantém fresco, mas a caixa está quente ao toque. Os marinheiros começaram a desconfiar de nossa carga depois que mais um deles amanheceu ardendo em febre. Provavelmente teremos que assumir o controle antes de aportar.
Dia 57 ED – Um dos escravos desapareceu na confusão do porto. Apesar de pagarem o preço pela fuga de um dos seus, os outros escravos persistem em considerar Vaorheeris abençoado pela sorte. Nossos batedores confirmaram que esta cidade fica próxima das Montanhas do Poente, exatamente onde planejávamos atracar. Apenas um idiota tentaria fazer a viagem de outra forma.
Dia 90 ED – Nossas tentativas de contratar um navio continuam infrutíferas. A caixa está cada vez mais quente, durante a noite ela emite um leve brilho incandescente. Uma criança na casa ao lado morreu de febre durante a madrugada, não vai demorar para que todo o quarteirão comece a queimar. Precisamos de transporte com urgência.
Dia 137 ED – Estamos navegando por várias semanas, mas o capitão não consegue manter o rumo que determinamos. O nevoeiro é tão espesso que não conseguimos ver o sol. O último escravo foi exanguinado pela manhã. Se não encontrarmos a ilha em breve não teremos como alimentar a caixa.
Dia 140 ED – O capitão afirma ter visto uma ilha no horizonte, mas não temos certeza de que é a ilha que procuramos. Não podemos correr riscos. Confiei a Rhazien este diário. Ele tentará voltar ao continente em um bote levando nosso relato. O legado do Destruidor deve ser protegido.”
Trechos do Diário de Sephiran Shadeshaper, encontrado por um pescador na costa norte da ilha de Ruathym