Fragmentos: O Diário de Sephiran Shadeshaper, parte 2

“Dia 143 da Era do Destruidor – Os sobreviventes do naufrágio conseguiram resgatar a caixa dos destroços do navio. Ela parece estar intacta. Os batedores ainda não voltaram com a confirmação de que esta é a ilha que procuramos.

Dia 145 ED – Os batedores não voltaram, devo assumir que foram consumidos por esta selva infernal. Levantaremos acampamento ao amanhecer e seguiremos na direção do grande platô central.

Dia 149 ED – Os habitantes da vila que encontramos não foram páreo para o poder dos seguidores do Destruidor. Admito estar impressionado com a beleza das construções que encontramos. Elas são a prova de que estamos na ilha certa. É seguro afirmar que o mesmo povo que enfrentamos foi um dia capaz de erguer tão magníficos edifícios. As inscrições e afrescos sugerem que seus deuses foram os responsáveis por lhes passar tais conhecimentos, mas não há nenhum sinal de que tais entidades ainda exerçam alguma influência sobre esse povo. Os novos escravos que capturamos devem ser suficientes para saciar a caixa até alcançarmos o topo do platô.

Dia 161 ED – Os malditos lagartos gigantes atacaram o acampamento mais uma vez e levaram outro escravo. Não tivessemos que dar a volta para contornar a grande cidade que avistamos não precisaríamos nos embrenhar nesta terrível selva, mas nem mesmo os filhos do Destruidor seriam capazes de enfrentar as forças que certamente a metrópole de mármore escarlate deve abrigar. Ao nascer do sol iniciaremos a subida em direção ao platô.

Dia 167 ED – A subida foi mais dura do que imaginávamos. O último dos escravos caiu para a morte durante a avalanche da noite anterior. A caixa tem fome. É perturbador estar ainda na sombra do vulcão e mais alguns dias distante de nosso destino.

Dia 169 ED – Os relatos estavam corretos, o mármore escarlate do templo reflete os primeiros raios da manhã sobre as águas o lago. Os poucos sacerdotes que avistamos não serão páreo para nossas forças.

Dia 170 ED – A passagem para os níveis inferiores do templo estava exatamente onde os textos indicavam. Os afrescos nas paredes dos corredores confirmam aquilo que eu imaginava: os deuses dos nativos desta ilha na verdade mantinham toda a população da região como seus escravos. Os “Koprus”, como eram chamados, são provavelmente criações de uma das lendárias Iquar’Tel’Quessir, as raças primordiais que dominavam Faerûn durante a Era dos Trovões há mais de 30.000 anos. Algum cataclisma levou ao declínio de seu império, e hoje os humanos que habitam este arquipélago sofrem com a ausência de seus deuses, incapazes de aproveitar sua liberdade e vendo seus conhecimentos se perderem a cada geração. A estátua e os aparatos de ilusionismo que encontramos na entrada do templo são uma tentativa débil de tentar manter o controle do povo por parte dos sacerdotes que se refugiaram neste destino de peregrinação.

Dia 194 ED – O refúgio final da espada do Destruidor está pronto. O legado de Kaz sobreviverá para sempre sob a proteção das ruínas deste templo, onde a influência de Vecna nunca será capaz de alcançá-la, até que estejamos fortes o suficiente para varrer o legado do Lorde da Torre Apodrecida.

Dia 215 ED – Os sons vindos das profundezas começaram novamente. Meus guardas não conseguem identificar sua fonte.

Dia 256 ED – Mais um guarda desapareceu. O que quer que esteja espreitando nas sombras é mais formidável do que eu imaginava.

Dia 303 ED – O último guarda não voltou de sua ronda. Estou sozinho. O som de algo rastejando nas sobras desta imensa caverna assombra meus sonhos toda noite.

Dia 307 ED – Os pesadelos pioram a cada noite. Sinto minha mente se esvaindo.

Dia 309 ED – Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres.

Dia 310 ED – Não sei quem pode ter escrito a última entrada. Estou sozinho neste templo maldito. Sozinho. A letra se parece com a minha mas… Que o Destruidor me proteja.

Dia 311 ED – Devo servir aos mestres. Devo servir aos mestres. Devo servir aos mest”

Trecho final do Diário de Sephiran Shadeshaper, encontrado nos níveis inferiores do Templo da Ilha do Tabu

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