Do outro lado das águas agitadas do rio Sidewinder fica o vizinho mais importante de Damara, Impiltur. O reino faz fronteira com as montanhas Earthspurs e a Damara ao norte e com o Mar das Estrelas Cadentes ao sul, estendendo-se desde os Earthfasts no oeste até o Easting Reach no leste.
História
Cerca de dois séculos e meio atrás, as cidades-estado foram invadidas por hordas de goblins que emergiram das montanhas de Giantspire. A maior das quatro cidades tomou a ação mais ousada. Ífras, capitão de guerra de Lyrabar, convocou um exército de todos os estados. Quando a poeira baixou, os goblins haviam sido esmagados e Imphras era um herói. Vendo em primeira mão o valor de trabalhar juntos, as quatro cidades-estados se uniram, formando Impiltur com sua sede de poder em Lyrabar. Hoje, o brasão da espada e varinha cruzadas da Impiltur em um campo escuro com bordas escarlates é um uma força a ser considerada. Impiltur é uma terra de 100.000 cidadãos, mais de 90% deles humanos. Apenas grupos dispersos de halflings e anões prosperam no país.
Impiltur mantém uma milícia forte e cada uma das quatro principais cidades é uma verdadeira fortaleza. Uma quinta cidade, Ilmwatch, abriga apenas uma pequena população, mas possui mais de 500 tropas prontas para a batalha.
Governo
O reino é governado pela rainha Sambryl, uma poderosa maga que ganhou sua posição ao se casar com o bisneto de Imphras, Imphras IV. A rainha Sambryl não gosta dos afazeres do governo. Ela é uma amante do conhecimento e considera a política cotidiana e os compromissos formais um tédio absoluto. No entanto, Impiltur é bem governada. Sambryl age voluntariamente como uma figura pública, deferindo seu poder ao conselho, os Senhores de Imphras II, doze descendentes indiretos do nobre fundador da Impiltur. Além de capitães do exército, são todos paladinos sábios e justos. O líder deles é Kyrlraun, que aconselha a rainha em todos os assuntos. Os Senhores de Imphras II se dividem para supervisionar eventos em todo o país.
Sociedade e religião
A sociedade de Impiltur é formada em torno dos princípios da Tríade – as crenças coletivas de Ilmater, Torm e Tyr. Essa religião coloca a expectativa de devoção, serviço e sacrifício no povo impilturano, um conceito que é exemplificado na cultura de piedade do reino. Além disso, a adoração e veneração de santos e mártires divinos é considerada uma pedra angular da fé triádica.
Apesar de sua religião nacional, Impiltur mantém uma atitude liberal e acolhedora para com os fiéis de divindades benevolentes. Os seguidores de Chauntea, Tymora, Selûne e Waukeen são bastante numerosos em todo o reino.
Magia
Os praticantes da arte são comumente encontrados em Impiltur. A nação conta com duas academias mágicas que treinam aprendizes que servem a bordo de navios mercantes que navegavam regularmente para Sembia e Moonsea. Essas escolas recebem doações significativas dos consórcios comerciais do país como recompensa pelo serviço de seus graduados. Os magos são obrigados a servir por um ano; eles são bem recompensados por seus esforços e raramente consideram que isso fosse algum tipo de imposição da parte deles.
Economia e comércio
A riqueza da Impiltur reside no comércio, pois todas as suas principais cidades são portos marítimos. Antes da unificação, as quatro cidades tinham laços estreitos com Procampur, Sembia e com suas cidades-estado ao longo do Mar das Estrelas Caídas. Agora, todos os navios navegam sob a bandeira de Impiltur, e os comerciantes manipulam o mercado para sua própria vantagem. Além disso, Impiltur se tornou a principal ligação entre o leste e o sul.
A nação atua como a ligação entre a Damara e a Vaasa e os poderes do Mar das Estrelas Cadentes. Ashanath, Narfell e Rashemen além do Great Dale também conduzem muitos negócios através da Impiltur. Os estranhos produtos que chegam à Impiltur dessas terras podem curtar preços altos.
Eventos recentes
Nos últimos anos, os Senhores de Imphras II enfrentaram alguns desafios dentro de suas próprias fronteiras. Em Rawlinswood, eventos estranhos levantaram algumas sobrancelhas. Um bandido chamado Lothchas opera na área com um pequeno grupo de saqueadores bem perigosos. Rumores também sussurram sobre o Nentyarcha, um poderoso bruxo que vive no coração da floresta em uma fortaleza arborizada chamada Dun-Tharos.
No entanto, a maior preocupação da Impiltur foi, sem dúvida, a guerra entre a Vaasa e a Damara. Os capitães de guerra de Impiltur assistiram à ascensão do Rei Bruxo, inquietos, e enquanto Zhengyi avançava pela Damara eles mantiveram suas espadas em tensa prontidão. Durante os dez anos de guerra, houve um debate constante sobre se Impiltur deveria ir ao auxílio do rei Virdin. Todos esperavam que a Damara derrotasse Zhengyi, mas oficialmente a nação era neutra. Um boato local dizia que algumas das tropas de “Carmathan” que marcharam para ajudar o exército do Rei Bloodfeather eram de fato uma divisão enviada secretamente por Impiltur, mas nenhuma prova do boato foi encontrada. Privadamente, os governantes temiam que sua entrada na guerra instigasse a ação de seus vizinhos mais oportunistas.
Quando Damara caiu no Ford of Goliad, muitos senhores da Impiltur lamentaram sua paralisia política. Eles falaram em anexar Carmathan e Polten como uma zona de amortecimento, e o plano foi quase colocado em prática. Por fim, Impiltur optou por paciência e discrição, temendo as consequências de irritar o poderoso Rei Bruxo.
O pós-guerra foi um período de ansiedade para o povo de Impiltur. Os que estavam no poder entendiam as limitações da força de Zhengyi e poucos temiam uma invasão imediata. Zhengyi não arriscaria outra campanha contra uma grande potência cedo demais. Os conhecedores de Impiltur esperavam que o Rei Bruxo atacasse a leste, onde seus braços longos já haviam encontrado o lago Icelace e a fronteira com Narfell.
Embora não tivesse medo de invasão, Impiltur ainda estava gravemente ferida, pois a conquista interrompeu todo o comércio com a Damara. No passado, quase toda a produção de bloodstones da Damara passava por Sarshel. Os comerciantes da Damara pagavam uma porcentagem à Impiltur, como dinheiro de proteção, por direitos de passagem comerciais e pelo uso das instalações portuárias de Impiltur. Uma parte substancial de sua frota já chegou a nevegar exclusivamente para transportar bloodstones. A riqueza fácil de Impiltur, porém, havia desaparecido.